Vídeo “Quando as portas se fecham”
Quando as portas se fecham. Vania Carvalho de Araújo. Vitória, 2017.
Texto e locução: Vania Carvalho de Araújo
Direção e edição: Ericler Gutierrez Ouegraogo
Roteiro e câmera: Ericler Gutierrez Ouedraogo e Adama Ouedraogo
Produção: Mara Pereira
“QUANDO AS PORTAS SE FECHAM”
Mara Pereira
Crianças com as quais convivemos e que passam por nós.
Em trânsito, nas ruas, nas praças, na cidade; a brincar, experienciar; a caminho da escola.
São múltiplas as infâncias. Ora visíveis, ora invisíveis.
O que ou quem determina sua (in)visibilidade?
Como cidades e escolas podem acolher os diferentes brincares, olhares, falas, mãos e corpos curiosos em suas inteirezas?
Que a expressão da liberdade na infância não represente perigo, atraso, pouco para a educação.
É na possibilidade de muros porosos entre escolas e cidades que a pulsão da vida pode adentrar a escola.
Crianças como sujeitos visíveis, políticos, atores sociais, produtoras
de culturas infantis. Sujeitos de direitos.
Direito a ter direitos, direito de existir em sua completude, de
opinar e ser ouvida, aprendendo a ocupar lugares de fala e de ação em
uma esfera pública compartilhada.
Que a escola seja aberta, atravessada pela rua e pelos direitos das crianças, anunciando não ter ficado tudo para trás quando os portões se fecham.