Quem somos
O Grupo de Pesquisa Infância, Educação, Sociedade e Cultura – IESC reúne projetos de pesquisa individuais e/ou coletivas, cujo tema central é a infância, cidade e a educação infantil. Criado em 2007 (Diretório CNPQ), as pesquisas e estudos desenvolvidos pelo Grupo IESC têm procurado mobilizar interesses comuns de pesquisa, professores, alunos de graduação e da pós-graduação. Seu horizonte de investigação tem como perspectiva provocar novos enunciados no processo de formação inicial e continuada no campo da educação, bem como, na problematização de políticas públicas em torno dos direitos das crianças, da educação infantil e da articulação entre cidade e culturas infantis. Para tanto, utiliza-se de diferentes aportes teóricos do campo da pedagogia, da sociologia da infância, da filosofia política e de áreas afins, com o objetivo de potencializar as suas perspectivas investigativas e sua inserção em contextos formais, informais e não-formais de educação. Além de um conjunto de trabalhos desenvolvidos no âmbito do mestrado e do doutorado em educação, o Grupo IESC tem como base duas Linhas de Pesquisa: Educação Infantil em Tempo Integral e Cidade e Culturas Infantis, contemplando, atualmente, um conjunto de quatro pesquisas, a saber: (a) MATRÍCULAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL EM TEMPO INTEGRAL: uma análise descritiva de âmbito nacional (2007 a 2017). Esta pesquisa propõe-se realizar uma análise descritiva e explicativa das matrículas de tempo integral na educação infantil, em âmbito nacional, correspondente ao período de 2007 a 2017, a partir do cruzamento de dados do Inep (Censo Escolar), IBGE (Censo Demográfico de 2010) e Ministério da Saúde (Datasus). Estabelece como variáveis: o tipo de atendimento (parcial e integral); estabelecimento (creches e pré-escolas); localização (rural e urbano); dependência administrativa (federal, municipal e estadual); sistema de ensino (público, privado e conveniado) e a raça das crianças matriculadas; (b) EDUCAÇÃO INFANTIL, INFÂNCIAS E CIDADE: um diálogo possível?. Essa pesquisa tem por objetivo investigar as possibilidades de interação entre as instituições de educação infantil, suas infâncias a partir de uma descrição sobre as práticas sociais das crianças na cidade, seus vínculos com a educação infantil e as formas de interação estabelecidas entre as instituições de educação infantil e outros espaços da cidade na perspectiva de suas práticas educativas; (c) CLASSIFICAÇÃO RACIAL OU AUTODECLARAÇÃO DAS CRIANÇAS NEGRAS? Interfaces socioeconômicas na educação infantil em tempo integral no município de Vitória-ES. A proposta da pesquisa é analisar as matrículas das crianças em um centro municipal de educação infantil em tempo integral do município de Vitória-ES, no que diz respeito à raça/cor das crianças, renda familiar e escolaridade das/dos responsáveis. Para tanto, privilegia dados cadastrais do Sistema de Gestão Escolar – SGE referentes ao ano de 2020, em interlocução com as normativas jurídicas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Racial e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil bem como Estatuto da Igualdade Racial; (d) A JUDICIALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL: uma análise da produção acadêmica brasileira e estadunidense. A pesquisa propõe mapear a produção acadêmica publicada no Brasil e nos Estados Unidos da América relativa à judicialização da educação infantil. Para tanto, realiza um levantamento bibliográfico sob os descritores “Creche” AND “Judicialização”; “Pré-escola” AND “Judicialização” e “Educação infantil” AND “Judicialização” nos bancos de dados da Capes, da Anped e da Scielo, bem como os descritores “Kindergarten“ AND “Litigation“; “Preschool“ AND “Litigation“ e “Childhood” AND “Litigation” no banco de dados da Education Resources Information Center – ERIC, mantido pelo Instituto de Ciências da Educação do Departamento de Educação dos Estados Unidos da América; (e) EDUCAR NA INFÂNCIA EM/PARA OS DIREITOS HUMANOS? Diálogos com Hannah Arendt. O estudo tem como objetivo problematizar alguns efeitos da banalidade do mal na vida das crianças brasileiras e a relação destes efeitos com a negação dos direitos humanos na/para a educação infantil. Para tanto, adota a análise documental de normativas jurídicas que versam os direitos humanos e a educação em direitos humanos, bem como dados do IBGE, do Inep e do Atlas da Violência de 2021. Além disso, utiliza tirinhas da personagem Mafalda. Como base teórica, fundamenta-se nas reflexões da pensadora da política Hannah Arendt em torno do conceito de banalidade do mal.
Coordenação: Profª Drª Vania Carvalho de Araújo (Centro de Educação – PPGE/Ufes)
Membros: Alana Dourado Portes (Mestranda), Alexandra Santuzzi Zuccolotto (Mestra em Educação), Ana Paula Caiado (Professora do Curso de Psicologia – Ufes), Carolina Muniz (Graduanda em Pedagogia), Daline Ferreira dos Santos (Graduada em Pedagogia), Denizia da Penha Santos (Mestranda), Franceila Auer (Doutoranda), Isabelle Benson Gama Rocha (Graduada em Pedagogia), Juliana Brum (Mestra em Educação), Kalinca Costa Pinto das Neves (Doutoranda), Lara Tardin Belumat (Graduada em Pedagogia), Larissa Franco de Mello Aquino Pinheiro (Doutoranda), Marluce Leila Simões Lopes (Professora de Licenciatura em Educação do Campo – Ufes), Ricardo Paixão (Doutorando), Yamilli Karen Rodrigues de Pinho da Matta (Mestra em Educação) e Zinia Fraga Intra (Doutoranda).